Investir em empresas de tecnologia pode parecer uma aposta certa — especialmente em tempos de inovações como inteligência artificial, blockchain e computação em nuvem. Mas nem sempre as gigantes de hoje garantem o sucesso de amanhã. Um dos casos mais emblemáticos é o da BlackBerry, empresa que dominou o mercado de smartphones nos anos 2000 e depois mergulhou em uma crise irreversível.
A História da BlackBerry: Sucesso, Queda e um Novo Começo
Neste artigo, você vai conhecer a trajetória da BlackBerry e entender como decisões estratégicas erradas, lentidão na inovação e subestimar concorrentes podem custar bilhões — e servir de alerta para investidores modernos.
1. O auge: BlackBerry e o domínio dos smartphones
Nos anos 2000, a BlackBerry era referência global em tecnologia móvel. Seus aparelhos com teclado físico e e-mail criptografado conquistaram desde executivos até presidentes. A empresa chegou a dominar mais de 50% do mercado americano e era vista como inovadora e praticamente imbatível.
2. O erro estratégico: ignorar a revolução do iPhone
Com o lançamento do iPhone em 2007, a Apple inaugurou uma nova era: telas sensíveis ao toque, design fluido e uma loja de aplicativos. Enquanto isso, a BlackBerry insistia no teclado físico, no foco corporativo e em um sistema fechado.
A empresa subestimou a ameaça da Apple e do Android e, quando tentou reagir, já era tarde. O mercado havia migrado.
3. A queda: perda de usuários, valor e relevância
Com a perda de mercado, a receita despencou, os acionistas perderam confiança e a empresa entrou em crise. Suas ações, que já haviam valorizado mais de 500% em anos anteriores, passaram a valer centavos comparados ao pico.
4. O renascimento silencioso
A BlackBerry não desapareceu por completo. Hoje atua em setores como segurança cibernética e software para veículos conectados, mas está longe do protagonismo que um dia teve.
5. O que o investidor pode aprender
- Empresas líderes também erram.
- Tecnologia muda rápido — adaptação é tudo.
- Valorizações passadas não garantem futuro.
- Investir exige olhar crítico, não apenas empolgação.
O que podemos aprender com a BlakBerry
O caso BlackBerry é um lembrete poderoso de que investir em tecnologia — inclusive em IA — exige equilíbrio entre entusiasmo e análise racional. Saber identificar empresas com capacidade de adaptação é tão importante quanto entender o produto que elas oferecem.
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BlackBerry: o Filme
Existe um filme chamado BlackBerry (2023) que retrata a ascensão e queda da empresa canadense Research in Motion (RIM), criadora do smartphone BlackBerry. Dirigido por Matt Johnson, o longa é baseado no livro Losing the Signal, de Jacquie McNish e Sean Silcoff, e estreou no Festival de Berlim em fevereiro de 2023, recebendo aclamação da crítica.
O filme conta com Jay Baruchel no papel de Mike Lazaridis e Glenn Howerton como Jim Balsillie, cofundadores da RIM. A narrativa acompanha desde a criação do BlackBerry, passando pelo auge da empresa, até sua queda com a chegada do iPhone em 2007. Além de destacar os desafios tecnológicos, o filme explora os conflitos internos e decisões estratégicas que contribuíram para o declínio da empresa.
BlackBerry foi lançado nos cinemas brasileiros em 12 de outubro de 2023 e está disponível para aluguel no Prime Video.
BlackBerry sobrevive na bolsa de valores em 2025
A BlackBerry Limited continua sendo uma empresa de capital aberto e está listada nas bolsas de valores. Atualmente, suas ações são negociadas sob o código BB na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na Bolsa de Valores de Toronto (TSX).
Após o declínio no mercado de smartphones, a BlackBerry passou por uma reestruturação significativa, concentrando-se em soluções de cibersegurança e Internet das Coisas (IoT). Apesar dessa mudança estratégica, a empresa enfrentou desafios financeiros recentes. Em abril de 2025, suas ações caíram mais de 7% após a divulgação de projeções de receita abaixo das expectativas dos analistas, mesmo com resultados trimestrais ligeiramente superiores ao previsto.
Atualmente, as ações da BlackBerry são negociadas em torno de US$ 3,99 na NYSE, refletindo uma valorização de aproximadamente 22% nos últimos 12 meses, apesar da recente volatilidade.
Para investidores interessados em empresas de tecnologia em transformação, a BlackBerry representa um exemplo de adaptação e resiliência no mercado financeiro.
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